sábado, 14 de novembro de 2009

Saudades!


Antes de tudo gostaria de pedir desculpas por ter deixado tanto tempo sem escrever aqui. A vida andou corrida e também passei um mês no Egito. Estou louco para descer para a praia. Como já escrevi neste blog, meus pais moram em São Sebastião, litoral norte de São Paulo.

Estive lá no feriado passado, mas com muitos eventos não deu para colocar a mão na massa e preparar algo com as maravilhas que pescam por lá. Algo que estou muito afim de fazer é um Atum grelhado. São fartos naquele mar e não é difícil achar um bem fresco na Colônia dos Pescadores.

Fresco é a palavra chave, no bom sentido, claro, para quem quer cozinhar. Fuja sempre de coisas prontas, semiprontas e principalmente congeladas. No litoral do Sudeste brasileiro é fácil achar Atum fresco e pequeno. Ele tem um sabor bem mais suave que os grandes pescados em alto mar e vendidos em pedaços nas peixarias da capital.

Com um desses, você pode preparar algo para uma família de 4 ou 5 pessoas. Peça para seu peixeiro limpar bem o Atum, retirando a pele, as espinhas e as partes de sangue escuro. Se ele não fizer isso, não volte lá nunca mais.

Em um pilão coloque flor de sal, pimenta do reino e raspas de casca de limão. Macete bem e guarde. Pegue o atum limpo em dois filets, e espalhe bem o tempero formando uma crosta em volta. Em uma churrasqueira coloque a chapa com ranhuras, aquela com pequenas “lombadas” bem perto do fogo e deixe esquentar bem. Coloque o Atum e deixe cada lado por não mais de um minuto para formar uma casca por fora e deixar cru por dentro.

Corte em postas de 2 centímetros cada uma e está pronto para receber um molho. Recomendo um feito com uma parte de molho de soja, uma parte de suco de laranja fresca, cebolinha a gosto e meia pimenta vermelha bem picadinha.

Para servir um bom vinho branco gelado. Recomendo também uma farofa com azeite de dendê, que em breve coloco aqui a receita. A foto é da vista da sacada do meu pai, onde vou preparar essa receita.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Receitas diferentes pelo Brasil


Por culpa da minha profissão, sou jornalista, conheci todos os Estados Brasileiros. Aproveitando meu prazer de cozinhar, acumulei receitas de várias regiões e quando sobra um tempinho, apresento para os amigos e familiares.

Não sei se por respeito, bajulação, mas o fato que todos aplaudem. Para a minha estréia neste blog, vou passar uma receita que aprendi numa viagem a Itapuí (bica de Pedra) no Estado de São Paulo. Esta cidade foi colonizada pelos imigrantes italianos e tem a sua culinária originária deste país. A receita é simples e rápida:

1 frango
1 quilo de sal fino ou grosso.

Modo de fazer:
Lave o frango e deixe secar
Coloque o sal numa assadeira, espalhe e aperte bem.
Coloque o frango devagar na camada de sal.
Deixe no forno a 250 graus, por 30 minutos e está pronto para ser apreciado.

Acompanha uma cerveja de preferência da região de Agudos (SP).

domingo, 1 de março de 2009


Quando comecei a fazer essa receita nem sabia que ela tinha esse nome, na verdade foi uma “invenção” que fiz junto com uma ex namorada a mais de dez anos atrás.

O Beef Wellington tornou-se um clássico no Brasil por conta do chef Gordon Ramsay. Famoso por aqui pelo seu reality show Hell´s Kitchem. Ele não é um dos meus prediletos, seu estilo grosseiro não combina muito com a alegria que vejo em cozinhar, mas é inegável que ficou famoso e rico cozinhando e isso não deixa de ser admirável.

Semana passada em uma viagem a Londres, pude experimentar um de seus empreendimentos, um tipo fast food dentro do aeroporto. Bem decorado, o restaurante tem o claro propósito de chocar quem passa por lá e mostrar que pode se comer bem em qualquer lugar, até mesmo em um aeroporto ou dentro das aeronaves.

Voltando ao Beef Wellington, a forma mais fácil de fazer e comprando um bom pedaço de filet mignon. Peca ao seu açougueiro pra tirar o cordão e limpá-lo bem. Se ele não fizer isso por você, troque de açougue!

Compre também uma massa folhada laminada. Você pode fazê-la em casa, mas sinceramente as que são vendidas nos mercados ao de ótima qualidade e sabor.
Tempere bem a carne com vinho tinto, alho, noz moscada e ervas que você mais goste. Deixe-a marinando por um tempo.

Em uma panela de ferro jogue uma generosa dose de azeite de oliva e deixe esquentar bem. Frite o filet mignon ate fazer uma crostinha por fora. O azeite deve estar em temperatura bem alta, para não cozinhar por dentro.

Retire da panela e cubra com a massa folhada. Pincele com gema de ovo em cima e coloque no forno. Quando a massa estiver dourada. Tire e corte do tamanho de medalhões. Quando servido com cogumelos fritos no alho, fica maravilhoso!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009


Pato é na verdade um prato sofisticado, mas muito simples de fazer. Tem um gosto marcante, mais forte que o frango, e normalmente vai muito bem com frutas e receitas agridoces. Esse que preparei recentemente, na verdade foi de sopetão, durante uma estada na praia na última semana. Tínhamos dois pedaços de peito de pato e resolvi assumir o fogão.

Primeira coisa é escolher bem o pato ou o pedaço que você for preparar. Dê sempre preferência pelos orgânicos ou caipiras, se você tiver essa oportunidade. Temperei bem com sal, azeite extra virgem e pimenta do reino. Depois coloquei vinho do porto, uma taca pequena em cada peito, e por cima derreti um sorvete de amora do “Rochinha”, tradicional marca de sorvetes naturais do litoral norte paulista. É claro que podemos utilizar amoras naturais, mas esse tipo de coisa não é muito comum na praia. Por cima, aproveitei uma deliciosa geléia de jabuticaba, que minha irmã preparou com frutas de uma arvore transportada, de forma ilegal, entre uma antiga casa da família e sua nova residência.

Deixei por uma hora na geladeira para o pato pegar todo o sabor e, para isso, fiz alguns pequenos furos em sua pele usando a ponta de uma faca afiada. Depois foi só picar pêssegos frescos em volta, para manter a umidade, e colocar no forno por uma cerca de 40 minutos. Na foto acima nosso prato antes de receber as frutas e entrar no fogão!

domingo, 4 de janeiro de 2009

Aspargos Verdes com Frutos do Mar


Essa receita é uma adaptação de uma do Jamie Oliver, um dos chefs que eu mais considero, por saber adaptar a gastronomia a algo moderno.

Em 2006, quando fui para a Copa do Mundo da Alemanha ainda não curtia Aspargo, não sei pq sempre foi algo que não me agradou muito. Porém, bem na época da Copa, era também a época dos Aspargos, principalmente na região de Munique, na Baviera. Os restaurantes anunciavam orgulhosamente a chegada desse broto e faziam de tudo com ele, da entrada ao prato principal.

Como acabo de voltar da praia, de uma temporada de muito chopp e mar, nada melhor do que unir Munique a São Sebastião e preparar Aspargos Verdes com Frutos do Mar.

Esse prato pode ser facilmente adaptado e é muito fácil de fazer. Basta na verdade bons ingredientes e um bom peixeiro, que você não terá praticamente nenhum trabalho.

Para preparar essa versão escolhi na peixaria um belo Saint Peter e pedi para o peixeiro preparar dois filets deixando a pele. Depois escolhi três lulas grandes e frescas que ele limpou bem e incluiu os tentáculos na embalagem. Você pode juntar a receita camarão médio ou mesmo vieiras, dependendo da época (apenas respeite sempre o tempo de cozimento de cada fruto do mar).

Cozinhe os aspargos verdes por aproximadamente 10 minutos em água fervendo. Quando eles estiverem “Al dente”, retire e separe. Em uma frigideira grande, coloque uma generosa porção de azeite de oliva extra virgem e uma rama de erva para aromatizar. Normalmente uso orégano fresco, manjerona, salvia ou alecrim.

Prepare a Lula abrindo-a pelo lado e passando a faca na parte de dentro de forma bem suave em linhas formando pequenos quadrados na sua carne. Coloque na frigideira já quente o peixe com a pele para baixo. Neste momento é importante não ficar mexendo no peixe, deixe ele cozinhar ate a carne nas bordas apresentar aparência de cozido. Coloque na frigideira os tentáculos e em seguida as lulas. Deixe fritar. A lula logo se enrola, basta girar para homogeneizar o cozimento.

Vire o peixe e deixe cozinhar rapidamente por baixo. Esse processo todo deve demorar em media apenas 3 minutos, da colocação dos ingredientes na frigideira ate o final do processo. Quando estiver quase pronto coloque os aspargos na frigideira apenas para dorar e está pronto.

Como digo, não sou ligado a combinações de vinhos com pratos, tome o que quiser junto. Eu tomaria um bom vinho branco bem gelado.

Uma porção serve duas pessoas muito bem e demora menos de 10 minutos para ser feita. Custo médio: 30 reais.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Coelho na praia



Há tempos eu estava afim de fazer uma carne que comi na Itália, mas como nem todo mundo gosta da idéia de comer um coelho tive que aguardar um público certo.

Outro dia na praia, casa dos meus pais, resolvi colocar a mão na massa. A carne de coelho fica muito boa na brasa, principalmente em churrasqueiras pequenas com um braseiro bem feito e rente a grelha.

Para temperar, a melhor coisa é marinar num vinho branco e sal. Faca também a parte uma pasta com tomilho fresco, alho torrado picado e azeite. Leve o coelho ao fogo e vá passando a pasta de tempos em tempos, não deixando nunca o fogo acender, mantenha apenas um bom braseiro.

Tome cuidado com o tempo de cozimento para não secar a carne, normalmente meia hora para a costela e peito é suficiente, e vinte minutos para as patas. O ideal é comprar um coelho fresco, sendo assim os miúdos também são uma boa iguaria, apreciada pelos italianos.

Na foto, a minha experiência na praia, aparece também uma bela costela de porco, que falarei aqui em breve.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Pimenta na veia

Uma coisa que sempre tive muita vontade de gostar e com o tempo aprendi é o pimentão vermelho italiano. Aquele que sempre é servido como antepasto nas cantinas. O italiano gosta muito de pimentão vermelho, sobre esse assunto eu posso falar, pois além de ser um deles, vivo parte do meu tempo por lá.

Há duas formas de se preparar, mas vou falar da mais simples. Pegue dois pimentões grandes, abra no meio e retire todas as sementes e todas as partes brancas. Isso garante o sabor e também a textura final. Com a ajuda de uma faca bem afiada, corte em tiras compridas de mais ou menos meio centímetro.

É importante utilizar uma frigideira bem grande. Aquelas de fazer paella são ideais! Jogue uma boa quantidade de azeite de oliva extra virgem e deixe aquecer um pouco. Jogue o pimentão cortado com o azeite morno, para evitar queimar a pele e deixar marcas pretas. Va mexendo bem e jogando de um lado para o outro. Sem pressa, pois demora para ele ficar bem macio e assimilar o azeite, por isso mantenha o fogo médio.

Quando estiver na textura ideal, abaixe bem o fogo e jogue uma cabeça de alho amassada, apenas misture gentilmente e apague o fogo. Guarde em um vidro fechado, com um pouco mais de azeite, por dois dias e está pronto!